Nunca fui ouvinte assíduo de podcasts…

Nunca fui ouvinte assíduo de podcasts. Nos últimos meses, porém, nada tem me atraído — mesmo os poucos podcasts que costumava ouvir sempre. Atenho-me a um ou outro episódio que me chama a atenção ou é indicado por alguém. Só eu estou sentindo fadiga de podcasts?

23/4/2024

“Como cobrir tecnologia: big techs, novos produtos e segurança digital”, na Rede de Jornalistas Internacionais

Webinário sobre a cobertura de tecnologia a convite do ICJF.

20/4/2024

Uns meses atrás, aproveitei uma promoção…

Uns meses atrás, aproveitei uma promoção de farmácia e comprei um punhado de desodorantes. Ao começar a usá-los, notei um perfume diferente e, investigando a situação, só agora notei que são femininos. Qual a diferença, fora o cheiro mais agradável? Sei lá. Será que existe? Asseguro-lhe que não caiu meu pipi.

14/4/2024

Escondendo meu rosto na internet

Dois eventos não relacionados — o nascimento da bebê de alguém próximo e um site que gera avatares feios — me levaram a repensar a exposição a que me submeto, quase sempre de modo voluntário, na internet.

Meu rosto está em vários lugares. Lá atrás, antes dos algoritmos de reconhecimento facial e das IAs generativas, achei que seria uma boa mostrar a cara para passar… credibilidade? Confiança? Sei lá. Talvez nem fosse uma necessidade tal qual é hoje, porque não tínhamos IAs que escreviam lero-lero convincente. Tempos mais simples.

Comecei a pensar em remover um pouco das fotos do meu rosto da internet. Excluí algumas fotos de lugares óbvios e que estão sob o meu controle, como redes sociais e meu site, e descobri que demora para os buscadores e algumas plataformas “notarem” a atualização ou até mesmo excluir as imagens. Fui relembrado que, também num sentido bastante literal, a internet não esquece.

Depois, me dei conta de que publiquei dezenas de vídeos no YouTube mostrando meu rosto. Talvez seja um caso perdido.

Ainda assim, decidi usar um avatar bobinho onde possível: uma bola alaranjada com um rostinho sorridente. Dá para vê-lo no meu site.

Antes, tentei usar um dos avatares feios que mencionei ali em cima. Coloquei ele no Telegram e em seguida recebi um e-mail de alguém achando que tinham hackeado a minha conta.

7/4/2024

CSS é um negócio que te surpreende todo dia…

CSS é um negócio que me surpreende todo dia. Hoje descobri a propriedade fit-content, que limita o elemento em que é aplicado ao espaço disponível — em vez de declará-lo em termos absolutos, como 600px, por exemplo, coloque fit-content e corra para o abraço.

Dá para ver um exemplo no meu site pessoal (a altura do bloco é definida por height: fit-content;).

4/4/2024

Não que seja uma grande surpresa, mas…

Não que seja uma grande surpresa, mas desanimei em saber que o LinkedIn está usando tudo que escrevo lá para treinar inteligência artificial. Coisa chata, parece que agora tem alguém bisbilhotando tudo, o tempo todo e em todo lugar.

19/3/2024

Ovo de Páscoa

Lá se vão oito anos (!) desde que o roqueiro Roger Moreira, do alto do seu QI, elucidou a dúvida matemático-financeira que assombrava a humanidade desde que um coelho ressuscitou e Jesus botou um ovo de chocolate — ou algo assim.

Sim, compensa mais comprar barra de chocolate que ovo de Páscoa. Peso do chocolate sobre preço. Uma conta simples.

No ano da graça de 2024, as dúvidas relacionadas à Páscoa aqui em casa são outras: de onde veio a ideia de presentear as pessoas com ovos de chocolate? E por que o Brasil parece obcecado com essa tradição, a ponto das pessoas toparem pagar R$ 100 por 100 gramas de chocolate ruim apenas por ele estar em formato ovalado?

Como acontece com toda dúvida trivial e/ou desimportante, abri a Wikipédia na terceira ou quarta vez em que lembramos do assunto.

O ovo representa a fertilidade. Em tempos imemoriais, pagãos trocavam e enterravam ovos no Equinócio para garantir uma boa colheita. Depois de Jesus Cristo, os cristãos se apropriaram da ideia para simbolizar seu renascimento e, graças ao marketing melhor da turma do Vaticano, foi essa a história que colou.

Muitas entradas da Wikipédia lusófona são mal escritas. A dos ovos de Páscoas é uma delas. Só lá embaixo aparece a resposta que buscava:

Os ovos de chocolate vieram dos “pâtissiers” franceses que recheavam ovos de galinha, depois de esvaziados de clara e gema, com chocolate e os pintavam por fora. Os pais costumavam esconder ovos nos jardins para que as crianças os encontrassem na época da Páscoa. Com melhores tecnologias, a partir do final do século XIX, se difundiram os ovos totalmente feitos de chocolate, utilizados até hoje.

Ou a uma delas, né? Por que o Brasil é aficionado por ovos de chocolate segue uma incógnita.

Neste outro trecho, toda a confiança que deposito na Wikipédia, que não é pouca, foi abalada:

A tradição [no Brasil] é tão forte que a Quinta-feira Santa é conhecida por Quinta-feira de páscoa, dia de comer o Ovos da Páscoa.

Você conhecia essa tradição? Nem eu. Deve ter sido um português querendo nos zoar que escreveu isso.

Legal mesmo deve ser a Páscoa na Bulgária (se a Wikipédia não estiver mentindo):

Na Bulgária, em vez de se esconder os ovos, luta-se com eles na mão. Há verdadeiras batalhas campais. Toda a gente tem de carregar um ovo e quem conseguir a proeza de o manter intacto até ao fim será o mais bem sucedido da família até à próxima Páscoa.

A nossa discussão por política no almoço de família do domingo é confraternização perto da porradaria que (supostamente) rola na Páscoa dos búlgaros.

17/3/2024

“Repulsa ao sexo” (1965)

Close no rosto parcialmente coberto de Catherine Deneuve, em preto e branco.

Repulsa ao sexo (Roman Polanski, 1965).

14/3/2024

Caí num “rabbit hole” e perdi a manhã…

Caí num “rabbit hole” e perdi a manhã escavando as ~100 mil mensagens do meu e-mail pessoal guardadas desde 2004, excluindo e-mails transacionais e anexos grandes. Por que eu faço isso comigo mesmo? Não sei.

13/3/2024

Akira Toryiama

Quando criança, não entendia por que as personagens de desenhos animados tinham uma espécie de amnésia entre os episódios. O que acontecia em um era esquecido ou ignorado no seguinte, criando histórias isoladas.

Muito antes de ouvir falar em arcos narrativos, transmídia e outros termos geradores de universos ficcionais, achava que havia ali um grande potencial sendo desperdiçado.

E não que fosse uma ideia muito maluca, de outro mundo. Novelas já existiam, afinal.

Dragon Ball Z foi o primeiro contato que tive com uma animação com história contínua.

Até demais: às vezes duas personagens passavam três, quatro episódios se encarando e gemendo antes de caírem na porrada. Em outras, quando o desenho alcançava o mangá (o que só descobri anos mais tarde), ele ganhava “fillers”, histórias ruins para esperar o mangá avançar. “Filler” deve ser a tradução japonesa para “encheção de linguiça”.

Nesta sexta (8), foi divulgada a notícia de que Akira Toriyama, o criador de Dragon Ball, morreu aos 68 anos.

Acho que não teria paciência de assistir outra vez a sua obra mais famosa, muito menos às sequências que, acho eu, ainda são publicadas. (Uns anos atrás vi um Goku de cabelo azul. Não entendi e fiquei com preguiça de descobrir o que estava acontecendo.)

Outro mérito de Dragon Ball que só reconheci mais tarde é o fato de ser uma produção assumidamente infantil. (Desde que ignoremos a mensagem nada edificante de que todo e qualquer problema se resolve indo às vias de fato.)

Dragon Ball se leva a sério de um jeito bobo, que só uma criança é capaz de aceitar sem achar a situação toda meio ridícula. Não à toa, as partes que ainda acho engraçadas são as que se levam menos a sério, como o Sr. Satan e o anticlímax da espada Z.

Se quase fui otaku um dia (e passei perto), foi por culpa do Akira.

10/3/2024
  1 de 25 Próxima »