Escondendo meu rosto na internet

Dois eventos não relacionados — o nascimento da bebê de alguém próximo e um site que gera avatares feios — me levaram a repensar a exposição a que me submeto, quase sempre de modo voluntário, na internet.

Meu rosto está em vários lugares. Lá atrás, antes dos algoritmos de reconhecimento facial e das IAs generativas, achei que seria uma boa mostrar a cara para passar… credibilidade? Confiança? Sei lá. Talvez nem fosse uma necessidade tal qual é hoje, porque não tínhamos IAs que escreviam lero-lero convincente. Tempos mais simples.

Comecei a pensar em remover um pouco das fotos do meu rosto da internet. Excluí algumas fotos de lugares óbvios e que estão sob o meu controle, como redes sociais e meu site, e descobri que demora para os buscadores e algumas plataformas “notarem” a atualização ou até mesmo excluir as imagens. Fui relembrado que, também num sentido bastante literal, a internet não esquece.

Depois, me dei conta de que publiquei dezenas de vídeos no YouTube mostrando meu rosto. Talvez seja um caso perdido.

Ainda assim, decidi usar um avatar bobinho onde possível: uma bola alaranjada com um rostinho sorridente. Dá para vê-lo no meu site.

Antes, tentei usar um dos avatares feios que mencionei ali em cima. Coloquei ele no Telegram e em seguida recebi um e-mail de alguém achando que tinham hackeado a minha conta.

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