Video games de futebol que mais joguei
- Winning Eleven 3–4 (PlayStation).
- FIFA 12–15 (PC).
- PES 2009–2011 (PC).
- International Super Star Soccer Deluxe (Super Nintendo).
- VR Soccer ‘96 (PlayStation).
por Rodrigo Ghedin
Escolhi aprender, mas era mais do que isso — aprendi a confiar, a baixar a guarda e ficar vulnerável. Desde então, raramente me desapontei. Isso, para mim, é força, e é por isso que acredito na bondade da natureza humana. Quando estamos vulneráveis, criamos os vínculos mais fortes e as possibilidades mais inspiradoras.
— Maria Ressa, Como enfrentar um ditador.
Quando você se senta e não faz nada, cada minuto se arrasta para o que parece ser o infinito. Mas quando você, por outro lado, desliga o cérebro no TikTok ou fica rolando a tela do Twitter, o hiperespaço parece se curvar na direção oposta: pisco e o macarrão passou do ponto, pisco outra vez e a iluminação da cozinha está diferente, mais fria, as sombras se movimentaram. Estamos realmente vivos se não estamos aqui?
À hora em que os pássaros despertam alegres e amorosos, em que o vento mais queixoso cicia por entre as franças das árvores, em que a relva, orvalhada pela noite, ergue suas folhinhas mais verdes e mais belas, a essa hora mágica em que toda a criação louva ao Senhor, e que o coração sente que nasceu para amar, a donzela, procurando fugir a suas meditações, saía a respirar a pureza da aragem matutina.
— Maria Firmina dos Reis, Úrsula.
Quando venho ao interior, à minha cidade natal, gosto de calçar os tênis de corrida e andar a esmo pela cidade.
É um exercício duplo, físico e nostálgico. Uma desculpa para revisitar sem pressa lugares onde cresci, ou que frequentava enquanto crescia.
Mesmo numa cidade pequena, são surpreendentes as mudanças e a frequência delas. E, talvez por uma infeliz coincidência ou algum viés obscuro agindo em mim, tenho a sensação de que boa parte dessas mudanças são para pior.
Neste ano, por exemplo, a praça de alimentação ao ar livre da praça central, antes composta por trailers, ganhou uma estrutura em alvenaria gigantesca. (Apesar do prognóstico, ainda não dá para julgar porque não está finalizada.)
O velho cinema de rua, após anos abandonado, foi transformado em mais uma igreja.
A pizzaria mais antiga de que me recordo, local de refeições especiais na infância, com uma pintura aleatória na fachada do Don Corleone/Marlon Brando comendo pizza, pelo visto não resistiu à pandemia e fechou. O prédio está para alugar.
A sorveteria tradicional, que tinha uma frente ampla ao ar livre, cheia de mesas e cadeiras, foi completamente fechada e virou uma extensão ou qualquer coisa relacionada a uma faculdade EAD.
Apesar disso, algumas coisas boas não mudam.
Ver pessoas no fim de tarde cuidando dos seus jardins, regando plantas sob o calor escaldante que faz aqui, traz paz, uma aura meio bucólica. É algo que associo ao interior. Tem isso na capital, sim, mas talvez a “densidade” de pessoas cuidando de jardins seja maior longe dos grandes centros?
Nas andanças deste ano, chamou-me a atenção também o contraste entre casas velhas e novas, as primeiras às vezes de madeira, e, mesmo quando de alvenaria, com uma estética datada; as novas com aquele visual de shopping, ângulos retos, “minimalistas”, desalmadas.
Até do cheiro de mangas podres, que por essa época sobe forte perto das mangueiras que resistem nas ruas, vindo dos muitos frutos espalhados no chão, eu gosto. Faz aflorar memórias de outras épocas.
Dia desses o telejornal local exibiu uma reportagem explicando que agora é proibido plantar árvores frutíferas nas calçadas, em locais públicos. O cheiro de manga podre na rua, no verão, está com os dias contados.
Uma pauta que devia acabar nos telejornais é a das pessoas que passam dias/semanas em filas para comprar ingressos para o show de um artista famoso. É palco pra maluco e… bom, já existe um negócio aí chamado “internet” em que dá para comprar coisas sem sair de casa
Golpe do emprego faz diversas vítimas em várias partes do país →
Concedi entrevista ao dominical da Record. (Apareço a partir dos 9min36s.)
Estamos preparados para o fim do Twitter? →
Fui fonte na reportagem do Leonardo Vieira sobre o (possível) fim do Twitter na revista Gama.
Quando se ganha mais, a tendência é que o padrão de vida melhore e o que antes era percebido como luxo vire necessidades percebidas, ou seja, quando o aumento nos gastos acompanha o aumento de receita. Existe um termo para esse fenômeno (não encontrei tradução): “lifestyle creep”.