Seis anos depois de migrar este blog para o Jekyll, hospedado no GitHub Pages, tomei vergonha na cara e sentei a bunda na frente do computador para entender como o Jekyll funciona.
Resultado: reformulei o leiaute com base nesse aprendizado e no que melhorei em CSS nesse período, e troquei a hospedagem para o Fastmail.
No hipnotizante crepúsculo da metrópole, eu sentia muitas vezes a solidão à minha espreita e dos outros — jovens balconistas pobres que perambulavam diante das vitrines, esperando a hora de entrar num restaurante para um jantar solitário — jovens balconistas à luz do anoitecer, desperdiçando os momentos mais intensos da vida e da noite.
Foi naquele dia, quando saíam do apartamento para juntos darem um passeio pela cidade, que ele notou que a mãe estava com sapatos descascados. Ficou confuso e quis avisar, temendo ao mesmo tempo magoá-la. Passeou com ela duas horas pelas ruas sem poder despregar os olhos dos seus pés. Foi então que começou a compreender o que é o sofrimento.
Grupo de condomínio grande no WhatsApp é um dos ambientes digitais mais barra-pesada que eu já frequentei. É porradaria o dia inteiro e a galera sempre interpreta as mensagens da pior maneira possível.
Agora tem um aplicativo para abrir o portão do condomínio (porque não quis dar minha biometria facial) e, meu deus, acho que nunca mais vou sair de casa.
Escolhi aprender, mas era mais do que isso — aprendi a confiar, a baixar a guarda e ficar vulnerável. Desde então, raramente me desapontei. Isso, para mim, é força, e é por isso que acredito na bondade da natureza humana. Quando estamos vulneráveis, criamos os vínculos mais fortes e as possibilidades mais inspiradoras.
Quando você se senta e não faz nada, cada minuto se arrasta para o que parece ser o infinito. Mas quando você, por outro lado, desliga o cérebro no TikTok ou fica rolando a tela do Twitter, o hiperespaço parece se curvar na direção oposta: pisco e o macarrão passou do ponto, pisco outra vez e a iluminação da cozinha está diferente, mais fria, as sombras se movimentaram. Estamos realmente vivos se não estamos aqui?