“Repulsa ao sexo” (1965)

Close no rosto parcialmente coberto de Catherine Deneuve, em preto e branco.

Repulsa ao sexo (Roman Polanski, 1965).

14/3/2024

Caí num “rabbit hole” e perdi a manhã…

Caí num “rabbit hole” e perdi a manhã escavando as ~100 mil mensagens do meu e-mail pessoal guardadas desde 2004, excluindo e-mails transacionais e anexos grandes. Por que eu faço isso comigo mesmo? Não sei.

13/3/2024

Akira Toryiama

Quando criança, não entendia por que as personagens de desenhos animados tinham uma espécie de amnésia entre os episódios. O que acontecia em um era esquecido ou ignorado no seguinte, criando histórias isoladas.

Muito antes de ouvir falar em arcos narrativos, transmídia e outros termos geradores de universos ficcionais, achava que havia ali um grande potencial sendo desperdiçado.

E não que fosse uma ideia muito maluca, de outro mundo. Novelas já existiam, afinal.

Dragon Ball Z foi o primeiro contato que tive com uma animação com história contínua.

Até demais: às vezes duas personagens passavam três, quatro episódios se encarando e gemendo antes de caírem na porrada. Em outras, quando o desenho alcançava o mangá (o que só descobri anos mais tarde), ele ganhava “fillers”, histórias ruins para esperar o mangá avançar. “Filler” deve ser a tradução japonesa para “encheção de linguiça”.

Nesta sexta (8), foi divulgada a notícia de que Akira Toriyama, o criador de Dragon Ball, morreu aos 68 anos.

Acho que não teria paciência de assistir outra vez a sua obra mais famosa, muito menos às sequências que, acho eu, ainda são publicadas. (Uns anos atrás vi um Goku de cabelo azul. Não entendi e fiquei com preguiça de descobrir o que estava acontecendo.)

Outro mérito de Dragon Ball que só reconheci mais tarde é o fato de ser uma produção assumidamente infantil. (Desde que ignoremos a mensagem nada edificante de que todo e qualquer problema se resolve indo às vias de fato.)

Dragon Ball se leva a sério de um jeito bobo, que só uma criança é capaz de aceitar sem achar a situação toda meio ridícula. Não à toa, as partes que ainda acho engraçadas são as que se levam menos a sério, como o Sr. Satan e o anticlímax da espada Z.

Se quase fui otaku um dia (e passei perto), foi por culpa do Akira.

10/3/2024

Viver e o tempo

Todo ano, muitas pessoas (ou alguns desocupados no Twitter) reclamam horrores de que janeiro nunca acaba.

Estranho. Para mim, janeiro passou voando. Pisquei e estamos em março. Temo que quando piscar de novo já será 2025.

Existem várias explicações e teorias de como percebemos a passagem do tempo. Não vou explicar nenhuma porque não sei e a internet já está abarrotada de gente que fala do que não sabe.

A única coisa que posso dizer com propriedade é que, depois dos 30, o tempo parece um caminhão sem freio descendo a ladeira.

Dia desses assisti a Viver, do Akira Kurosawa. No filme, um burocrata japonês que trabalha há quase 30 anos na prefeitura, no mesmo lugar, fazendo as mesmas coisas com um desânimo contagioso, descobre um câncer terminal no estômago. A notícia desencadeia uma reviravolta: à beira da morte, ele começa a viver.

(É um enredo meio clichezão, mas o filme é ótimo — forte indício de que não existe história ruim, só história mal contada.)

Faz cinco anos que trabalho por conta própria, em casa, olhando para telas a maior parte do tempo em que estou acordado. “O editor da sua própria emboscada.” Sinto que não estou sozinho, ainda que esteja.

Viver suscita muitos pensamentos. Será que estamos desperdiçando o nosso tempo?

3/3/2024

“O Google está matando a internet?”, no Código do Caos

Bate-papo com Rique Sampaio sobre a degradação do buscador do Google e o tsunami de chorume criado por inteligência artificial que vem por aí.

2/3/2024

“Viver” (1952)

Close no rosto de Takashi Shimura, no papel de Kanji Watanabe, com chapéu e expressão triste. Foto em preto e branco.

Viver (Akira Kurosawa, 1952).

27/2/2024

Filme do Elvis

Vimos Priscilla no cinema. Ao sair da sessão, me peguei pensando: como eram os filmes do Elvis Presley?

Assisti a Amor a toda velocidade, a prova de que títulos traduzidos são ruins desde os anos 1960, pelo menos. (O original é Viva Las Vegas, nem precisava traduzir!!)

Elvis é um aficionado por carros que precisa de dinheiro para comprar um motor e participar de uma corrida maluca em Las Vegas. Aí ele conhece a Ann-Margret e eles começam a namorar, mas ela manda o “ou eu ou ele [o carro]” e Elvis meio que escolhe o carro, no que Ann-Margret fica brava e começa a fazer ciúmes alugando um italiano que, não por coincidência, é o grande rival de Elvis nas pistas.

(As personagens têm nomes fictícios, mas fica mais fácil identificá-las assim.)

Tudo muito bonito, mas o filme é só um pretexto para Elvis soltar a voz. Elvis (e Ann-Margret) não perdem uma oportunidade de cantar, o tempo todo, até em momentos inoportunos. (Deve ser coisa de musicais, não? Não sou muito de musicais.)

Um negócio que me deixou encucado foram as danças. O pessoal requebrava horrores naquela época. A Ann-Margret, em especial, parece eletrificada. Digo, literalmente. Tipo aquela esquete do Chaves.

Não sei se verei os outros filmes do Elvis. Melhor só ouvi-lo.

25/2/2024

“Por que críticos dizem que os óculos da Apple capitalizam a solidão”, no Nexo

Fazendo prognósticos negativos do Apple Vision junto a outros críticos de peso.

9/1/2024

Aprecio o cuidado em manter o cliente…

Aprecio o cuidado em manter o cliente informado nas compras online, mas acho que a farmácia exagerou ao enviar ~15 mensagens de texto em 40 minutos com todo o passo a passo da entrega. Só faltou me dizerem o CPF e a cor da cueca do entregador (o Maycon A.; estava escrito em algumas das mensagens).

8/1/2024

“O labirinto ideológico da OpenAI: entre a utopia e a realidade da Inteligência Artificial”, no Braincast

Participação no podcast Braincast sobre a semana maluca da OpenAI em novembro de 2023.

24/11/2023
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