Rodrigo Ghedin está digitando|

“Viver” (1952)

Close no rosto de Takashi Shimura, no papel de Kanji Watanabe, com chapéu e expressão triste. Foto em preto e branco.

Viver (Akira Kurosawa, 1952).

27/2/2024

Filme do Elvis

Vimos Priscilla no cinema. Ao sair da sessão, me peguei pensando: como eram os filmes do Elvis Presley?

Assisti a Amor a toda velocidade, a prova de que títulos traduzidos são ruins desde os anos 1960, pelo menos. (O original é Viva Las Vegas, nem precisava traduzir!!)

Elvis é um aficionado por carros que precisa de dinheiro para comprar um motor e participar de uma corrida maluca em Las Vegas. Aí ele conhece a Ann-Margret e eles começam a namorar, mas ela manda o “ou eu ou ele [o carro]” e Elvis meio que escolhe o carro, no que Ann-Margret fica brava e começa a fazer ciúmes alugando um italiano que, não por coincidência, é o grande rival de Elvis nas pistas.

(As personagens têm nomes fictícios, mas fica mais fácil identificá-las assim.)

Tudo muito bonito, mas o filme é só um pretexto para Elvis soltar a voz. Elvis (e Ann-Margret) não perdem uma oportunidade de cantar, o tempo todo, até em momentos inoportunos. (Deve ser coisa de musicais, não? Não sou muito de musicais.)

Um negócio que me deixou encucado foram as danças. O pessoal requebrava horrores naquela época. A Ann-Margret, em especial, parece eletrificada. Digo, literalmente. Tipo aquela esquete do Chaves.

Não sei se verei os outros filmes do Elvis. Melhor só ouvi-lo.

25/2/2024

“Por que críticos dizem que os óculos da Apple capitalizam a solidão”, no Nexo

Fazendo prognósticos negativos do Apple Vision junto a outros críticos de peso.

9/1/2024

Aprecio o cuidado em manter o cliente…

Aprecio o cuidado em manter o cliente informado nas compras online, mas acho que a farmácia exagerou ao enviar ~15 mensagens de texto em 40 minutos com todo o passo a passo da entrega. Só faltou me dizerem o CPF e a cor da cueca do entregador (o Maycon A.; estava escrito em algumas das mensagens).

8/1/2024

“O labirinto ideológico da OpenAI: entre a utopia e a realidade da Inteligência Artificial”, no Braincast

Participação no podcast Braincast sobre a semana maluca da OpenAI em novembro de 2023.

24/11/2023

37

Faz uns dois meses, comprei uma pulseira fitness para registrar dados de saúde e exercícios físicos.

O efeito dela foi exatamente o oposto do pretendido.

A pulseira já está parada, juntando poeira dentro de uma gaveta. Nesse embalo, parei de registrar um monte de coisas que registrava até então porque… sei lá, achava que tinha ou poderia ter alguma utilidade. Água ingerida, humor diário, filmes vistos, tempo gasto lendo livros.

Terá sido efeito de um descontentamento? Um (bem-vindo) descontrole? Cansaço? Ou talvez seja só a idade?

Com 37 anos, ainda tenho dificuldade em me situar na vida, em entendê-la e ao mundo, aos outros. Às vezes, de me fazer entender, também.

É um lugar meio solitário de se estar — um tema, aliás, recorrente nessas reflexões de aniversário e… bem, tema recorrente no geral.

Parte de mim anseia por mais contato, incluindo os desconfortos e asperezas inevitáveis. Outra parte se reconforta na tranquilidade da solitude, torcendo para que ela não me envenene agora e que eu não me arrependa mais para frente.

É poderoso mostrar-me vulnerável, porém difícil. Fico com receio de chamar a atenção ou, pior, de ter um momento de abertura genuína, desinteressada, confundido com performance para ganhar “likes”.

A ironia é que todos temos nossos traumas, dificuldades e medos. Por que é tão difícil abri-los ao mundo? Ou por que me é difícil?

Além dos números e estatísticas supérfluas, abri mão (ou tentei) de outras coisas que supervalorizava — (pensar) estar certo, em especial.

No mais, saio deste ano com algumas feridas de eventos pessoais que não convém explicar aqui, mas que afetaram também a minha persona pública, o meu trabalho no Manual. Cabe, pois, um pedido de desculpas a quem me lê.

Acho que é a primeira vez em anos em que não menciono ou escrevo algo sugestivo sobre política institucional ou pandemia. Que alívio!

Há 13 anos, faço uma reflexão pública da minha vida no dia do meu aniversário. Anos anteriores: 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35 e 36.

8/11/2023

Como desfrutar da sua xícara de chá enquanto o mundo desaba ao seu redor

Ilustração clássica, em preto e branco, de uma senhora sentada, de vestido, com uma xícara de chá. Acima, a frase (em inglês): “Como desfrutar da sua xícara de chá enquanto o mundo acaba ao seu redor:” seguida de dois passos: “Passo 1: O truque é lembrar que o mundo está _sempre_ acabando ao seu redor. Passo 2: Saúde!”

Autor(a) desconhecido(a).

4/10/2023

Encucado que a mulher escreveu “pauliste”…

Encucado que a mulher escreveu “pauliste” no story sendo que “paulista” é uma palavra de gênero neutro.

27/9/2023

Uma abordagem melhor para diários de humor

Estava curioso com a implementação da Apple do diário de humor, uma das novidades do iOS 17, ali chamado “Estado Emocional”. Assim que atualizei o celular, abri, dei uma olhada e… bom, continuarei com o Daylio mesmo.

O Daylio é mais flexível e é um aplicativo à parte, em vez de estar soterrado no Saúde. Pelo que li a respeito, os relatórios do Daylio são mais detalhados que o da ferramenta similar da Apple.

Apesar da indiferença com o Estado Emocional, um detalhe me chamou a atenção. Ao iniciar um registro, o aplicativo pergunta se você quer registrar como está se sentindo agora, ou “como você se sentiu no geral hoje”.

Topar com essa tela desbloqueou outra maneira — uma, acho eu, mais interessante — de usar o Daylio.

Tentarei explicar.

Até então, usava o Daylio apenas para fazer o “registro geral de hoje”, ou seja, resumia o meu dia a um estado emocional e marcava todas as atividades que influenciaram na avaliação.

Essa abordagem tem sua utilidade, só que limitada. Em um dia hipotético, eu poderia registra que meu humor foi bom (4 de uma escala de 5), afetado por… sei lá, “trabalho”, “exercícios físicos”, “dor de cabeça” e “discussão”.

Nesse dia hipotético, me senti muito produtivo no trabalho e recebi uma ótima notícia de um familiar, porém passei algumas horas sentindo uma dor imensa de cabeça e no fim da tarde tive uma discussão boba com um amigo.

No acumulado, as duas primeiras atividades foram tão boas que me fizeram esquecer um pouco os pontos baixos do dia. Para o Daylio, porém, naquele dia as atividades “dor de cabeça” e “discussão”, que, regra geral, estão associadas a humores negativos, foram atribuídas a uma sensação positiva.

Na nova abordagem, em vez de um registro do dia inteiro, estou fazendo pequenos registros ao longo do dia. Nesse hipotético, por exemplo, seriam quatro registros, o que teria resultado em um dia “médio” — duas atividades boas, 4; duas atividades ruins, 2; tira a média, dá 3.

Desnecessário dizer que é mais trabalhoso, porém nem tanto quando se carrega o celular consigo para todo lugar, o tempo todo. Não me pressiono para registrar as coisas em tempo real. Às vezes, faço as anotações no fim do dia, como antes, só que agora separando-as. (É possível anotar o horário de um registro no Daylio.)

Fiquei surpreso com os resultados da primeira semana. Os relatórios estão mais granulares, mais informativos. Notei que, com essa abordagem, faz sentido ter muitas atividades (as coisas que influenciam no humor), algo que me escapava quando eu anotava apenas um humor por dia. Tanto que voltei algumas que havia aposentado, como o clima/temperatura (fiz alguns registros motivado pela recente onda de calor no Brasil).

Passei quase três anos anotando meu humor da maneira “errada”, ou menos interessante. Tudo bem, ninguém nasceu sabendo. Em vez de remoer o passado, estou empolgado com as observações e revelações que poderei ter no futuro.

25/9/2023

Seis anos depois de migrar este blog…

Seis anos depois de migrar este blog para o Jekyll, hospedado no GitHub Pages, tomei vergonha na cara e sentei a bunda na frente do computador para entender como o Jekyll funciona.

Resultado: reformulei o leiaute com base nesse aprendizado e no que melhorei em CSS no período, e troquei a hospedagem para o Fastmail.

9/9/2023
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