25

Ano passado escrevi que, nos 365 dias seguintes, a minha principal meta seria simplificar a vida. Comprar e gastar menos, doar e organizar mais, tirar mais tranquilidade dessa equação.

De certo modo, “empatei” aí. Doei livros, vendi (e continuo vendendo) coisas que reparo estarem sem uso por aqui, enveredei numas faxinas fenomenais em caixas velhas e… bem, fiz uma ou outra compra no período, mas colocando tudo na balança, acho que o saldo foi positivo. Não o financeiro… ah, você entendeu.

Também me comprometi a ter hábitos mais saudáveis, objetivo esse alcançado. Por fim, tinha o melhorar meu lado escritor, o que, bem ou mal, tento todos os dias, ainda que esse seja um processo de aprimoramento bastante irregular — por vezes me vejo como um cara realmente bom no que faço, mas sempre há momentos em que me pergunto se não estaria melhor carpindo data.

Algo que eu não previ, sequer pensava há um ano, é como eu estaria mais vazio agora. De lá para cá perdi muitas coisas que não dá para “pegar”, vender ou doar. Todas essas perdas, em maior ou menor grau foram consentidas, porque em parte eu quis. Ainda me pego pensando, vez ou outra, se cada uma delas, algumas ainda hoje muito queridas, foram decisões acertadas. Nunca saberei, claro.

Se por um lado fica essa incerteza, por outro estar vazio me põe frente a uma folha em branco. Ainda não passei da primeira página, mas as possibilidades são ilimitadas. E, sim, tenho meus planos para 2012, mas esses eu só conto ano que vem.

Hoje, tenho no Gemind, o site de tecnologia onde concentro tudo o que aprendi em dez anos nisso, o que mais toma o meu tempo e dedicação. Com dois meses e meio no ar, o direcionamento que vem tomando, a comunidade que estamos criando em torno dele, o relacionamento com os leitores, o bom astral e competência da equipe, enfim, tudo, com exceção do fluxo de caixa, está funcionando de uma maneira tão boa, mas tão boa, que às vezes custo a acreditar.

Para meus 25, o objetivo maior é fazer o Gemind se sustentar sozinho. Estarei muitíssimo contente se, daqui a um ano, eu ter conseguido “apenas” essa realização. Já convenci-me de que gosto e quero viver da escrita; para fechar o pacote completo falta apenas consolidar o projeto mais legal do qual já participei.

No pessoal, além de manter os hábitos saudáveis, espero encontrar tempo e disposição para exercitar a mente. Ler mais livros, coisa que nos últimos dois anos negligenciei bastante — corro o risco de estar próximo da vergonhosa média nacional —, assistir a mais filmes, ouvir músicas diferentes — nisso o Spotify tem sido um grande aliado. Conhecer mais gente, ficar menos em casa. Aliás, eu tenho que sair mais, de verdade.

Apesar dos tropeços e do que ficou para trás, o ano que passou foi bom. Mas espero, mesmo, que o próximo seja diferente. Que seja melhor.

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