Rodrigo Ghedin está digitando|

27

Nos meus 26 anos fui morar sozinho:

George Michael cabisbaixo.

Voltei à universidade:

Steve Buscemi interpretando um jovem.

E larguei um emprego estável para escrever mais sobre menos coisas:

Pessoa descontrolada saindo do escritório.

(Não foi assim que saí do Giz; na verdade foi bem amigável, mas esse GIF é muito maneiro.)

Também fui para Taiwan e conheci os EUA. Quero voltar ao Oriente algum dia, mas a passeio. É um lugar sensacional.

Timelapse de Taipei.

Vi uns filmes bacanas, ouvi músicas muito boas. Li pouco, mas coisas bem significativas.

Cena de Lost in Translation.

Minha vida amorosa continua parecendo uma versão não autorizada da turma do Snoopy adulta em que Charlie Brown não melhorou seu jeito com as mulheres.

Lucy e Charlie Brown.

Mas fiz novas amizades, saí um bocado mais, relaxei bastante. Apesar de tudo, foi um ano divertido, bem mais que os últimos, e a vida no geral está boa — tirando a chateação que é o Facebook me perguntando toda hora onde eu trabalho.

Continuo não me achando adulto como meus pais sempre foram na minha cabeça e como amigos e conhecidos, na minha faixa etária, começam a parecer com filhos, casamentos e reclamações sobre impostos e problemas na firma.

Há quem defenda ser coisa da idade toda essa sensação de deslocamento. Pequenos eventos cotidianos recentes e contraditórios dão base a essa hipótese: anteontem usei um All-Star pela primeira vez na vida e ontem acordei com uma espinha no nariz; segunda-feira vou ao banco discutir investimentos com a gerente da minha conta. Tem que ser coisa da idade, porque olha…

Não sei o que quero para os meus 27. Talvez não morrer seja um bom pedido – mesmo não sendo um rock star, nunca se sabe. Falando sério, acho que ter mais ambição e apaixonar-me seriam duas coisas legais. Sou meio easygoing, meio largado. Muitas vezes vejo tais características de um ângulo positivo, mas em outras a falta de interesse por basicamente tudo me preocupa. Não deve ser normal.

Em agosto descobri um app chamado “1 Second Everyday”. Você grava um segundo de cada dia da sua vida, depois ele monta um vídeo. Fiz um.

Se quiser ler o que escrevi nos anos anteriores, siga os links: 24, 25 e 26.

8/11/2013
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