Eu em São Paulo

Na última quarta-feira, a convite da Microsoft Brasil, saí da minha pacata cidade rumo a São Paulo, uma das cidades mais populosas do mundo, para participar de um encontro de blogueiros. Esta parte eu já escrevi no meu “blog” sobre Windows. Embora tenha sido o motivo principal da minha viagem, não foi o único. Houve mais, todos dependentes do principal, é verdade, mas tão legais quanto, sem dúvida.

Logo que surgiu a possibilidade de eu ir à terra da garoa, entrei em contato, via Messenger, com o primeiro morador de lá conhecido que me veio à mente: André “Marmota” Rosa. Dali para esquematizarmos alguma coisa durante minha estada, foi um pulo. E mais: com outras duas ilustres presenças confirmadas: Tuca Hernandes e Patrícia Köhler, o casal que se conheceu aqui nos comentários do meu blog.

É engraçado quando essas possibilidades surgem… Acompanho o André há anos — o blog dele, aliás, foi um dos que me inspiraram a criar o meu. O mesmo sobre o Tuca, que acompanho desde os tempos em que o Fiapo de Jaca era horrivelmente hospedado no Uol Blogs. E, obviamente, a Pat também, antes no Striptease Cerebral, hoje no Cintaliga. Estar prestes a conhecê-los pessoalmente me deixou muito entusiasmado.

O plano inicial era almoçarmos assim que eu chegasse lá, perto das 14h30min. Afinal, como disse o André, São Paulo é especial: uma das poucas cidades onde há almoço às 15h e janta às 3h da tarde em alguns lugares. Infelizmente, o destino conspirou contra nós: meu voo atrasou muito, cerca de três horas, e acabei chegando bem atrasado. Não bastasse isso, chovia horrores na capital paulista e duas (ou três) passeatas durante o dia conseguiram piorar ainda mais o tráfego maluco de lá.

Abrindo um (grande) parêntese, deixe-me falar brevemente da sensação que dá ao voar de avião pela primeira vez. De tudo o que eu podia esperar, essa parte era a que mais me afligia. Ainda escreverei algo sobre os pensamentos mórbidos que tive na véspera da viagem, mas é bem melhor do que eu imaginava. A viagem é estupidamente rápida, tranquila e, na que eu fiz, sem sustos. O avião, segundo o comandante, voa a cerca de sete quilômetros de altura, numa velocidade de 810 Km/h. Viajei num Airbus 320, da TAM:

Airbus 320.

Achei pequeno, mas como não tinha e nem tenho base de comparação, essa é uma constatação bem idiota de se fazer. Na ida, serviram um pãozinho delicioso, com lombo defumado e um abacaxi assado/frito/cozido dentro. Na volta, um café completo: pão com presunto e muçarela, algumas frutas frescas e um pedaço de bolo. Ambos vinham acompanhados de uma bebida (guaraná, Coca-Cola, água, suco ou cerveja). Nota dez!

Quando entrei no avião, a primeira sensação que tive foi um quase déjà vu: o interior do mesmo me fez lembrar aqueles filmes do tipo “Pânico no ar”, bem típicos da Sessão da Tarde.

Interior do A320.

Cheguei em Congonhas perto das cinco da tarde. Depois de um breve desencontro, finalmente achei o André e como nem nosso plano B podia ser executado (tomar um café da tarde), recorremos a um rápido capuccino ali mesmo. Tivemos um papo breve e, em seguida, peguei um táxi para ir à sede da Microsoft.

(Fast forward ativado do período em que estive na Microsoft.)

Depois do shopping, eu, Alexandre Fugita e Mario Amaya ficamos do lado de fora do prédio, esperando a Pat. Como senso de direção não é o forte dela (e acho que de nenhum paulistano), demorou um pouquinho até nos acharmos. Demorou, mas deu tudo certo: no terceiro piso do estacionamento de uma das torres, a encontramos e eu finalmente a conheci!

Isso já era um tanto tarde, mas sem problemas, afinal, o André só sairia da redação do jornal à meia noite. O destino, previamente combinado com o Tuca, era um Fran’s Café na Paulista, aparentemente o café com o pior atendimento da cidade. Durante o trajeto, Mario ficou pelo caminho, eu conheci a famosa Avenida Paulista e, nela, o famoso MASP.

Eu na Av. Paulista.

Chegamos ao tal café e, lá, finalmente conheci o Tuca. Tal qual eu imaginava, ele e a Pat formam um casal bacana!

Pat, eu e Tuca.

Dali em diante, um papo muito bom, enriquecido lá pelas tantas com a chegada do André (que também relatou o dia em seu blog). Falamos de muita coisa, com destaque para histórias antigas dos tempos das cavernas da Internet e as bizarrices e possibilidades interessantes do Second Life. Quando o Fugita disse que, ao entrarmos no jogo, nosso personagem aparece sem roupa e andrógino, surgiu na roda a teoria de que a fonte de inspiração da Linden Lab para essa feature foi o Exterminador do Futuro. Foi bem divertido!

Todo mundo.

Como coisa boa passa rápido, quando alguém resolveu consultar o relógio, se espantou com o mostrador marcando mais de três da manhã. Saímos sob um frio de cerca de 10º C. Voltei com o André e o Fugita, no Marmotamóvel. Primeiro deixamos o Fugita, aí o André se perdeu e, uma hora depois, após ter passado duas vezes no Museu do Ipiranga e umas três vezes na frente do hotel, finalmente chegamos.

Com muito medo de dormir e perder a hora do vôo, embora o recepcionista do hotel tenha ficado de ligar na hora pedida, não dormi. Aguardei uma hora lendo uma revista qualquer e, quando deu a hora, tomei café e, em seguida, um táxi rumo a Congonhas. A propósito, como Congonhas é grande comparado ao aeroporto de Maringá…

Congonhas.

Sem atrasos, tranquila e rapidamente, voltei a Maringá, onde fui recepcionado, aqui em casa, pela minha mãe, irmã e namorada. E, só para constar, fui dormir só no final da tarde de ontem. Ao todo fiquei mais de 36h acordado, um recorde pessoal!

De São Paulo, guardei boas e inesquecíveis lembranças. São coisas como essa que me fascinam tanto na Internet. Quando, em outra época, eu poderia ter amigos “virtuais” que, ao trocar duas palavras ao vivo, consiga ficar e me deixar à vontade? Espero voltar mais vezes a São Paulo, com calma, sem pressa, para rever o pessoal, conhecer mais gente de lá e apreciar melhor as coisas boas que a cidade tem a oferecer.

Agradecimentos à Microsoft, por ter possibilitado tudo isso, ao André, que foi me receber no aeroporto, a todos que foram ao encontro na Microsoft, e à Pat, ao Tuca e ao Fugita que, junto com o André, propocionaram momentos divertidos no Fran’s.

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