Rodrigo Ghedin está digitando|

Motivos e explicações

Quem me conhece sabe o certo repúdio que nutro para com os blogs. Não pelo sistema em si, mas pela forma que a maioria das pessoas cuida dos seus. Some-se a isso o fato de ser extremamente fácil e rápido criar um, e pronto: temos uma avalanche de blogs que não dizem nada com nada, só servem para entupir e bagunçar a Internet. O mais curioso é que, de cada dez blogs criados, se um vingar, é muito. Empolgação de principiante… Murcha tão rápido quanto floresce. Mas então, por que criar um blog, este blog?

Como já citei acima, não tenho nada contra a ferramenta blog; pelo contrário, acho-a um instrumento fantástico que, se bem utilizado, facilita muito a vida dos escritores de fim de semana (como eu). Tenho nos meus favoritos uma seleta lista de blogs que sempre visito com a certeza de encontrar bons textos. Eles têm a essência do blog, que nada mais é que bons textos. Sem querer parecer pretensioso, gostaria de também integrar esta lista, de exercer meu (ínfimo) intelecto discorrendo sobre todo material cultural que consumo no dia a dia.

É este o escopo do meu blog, que está a começar hoje: uma espécie de Omelete particular. Não tenho o compromisso de estar à par das novidades, até mesmo porque minha localização geográfica não colabora neste sentido; aqui, no Noroeste paranaense, as coisas sempre chegam com, no mínimo, um mês de atraso. O que desejo é guardar para a posteridade tudo que me cerca. É legal, muitíssimo interessante. Dá pra ter uma noção da evolução como pessoa. Gostos, impressões, particularidades… Pode não parecer, mas essas sensações, que a princípio parecem inalteráveis, mudam constantemente, mas de maneira tão gradual que aos nossos olhos continua tudo igual. Pois bem, o blog, ou qualquer outra recordação escrita, serve de norteador nessa evolução.

Tenho algo mais particular arquivado (e bem protegido!) no meu computador, onde escrevo o que dá na telha. Faço isso há quase dois anos e a sensação que tenho quando leio algo antigo é indescritível. Vê-se o quanto uma pessoa muda em tão pouco tempo. O objetivo deste blog segue o raciocínio daquele documento, mas com um ponto de vista diferente: ao invés de falar sobre mim, falarei sobre o que está ao meu redor. Dessa maneira, ambos os “projetos”, se é que podem ser assim chamados, se completarão. Fico imaginando reler todo este material daqui a dez, vinte anos… Será magnífico!

Mas, chega de enrolação. Abordarei aqui todo e qualquer material que tenha contato, seja ele bom ou ruim. O foco está na cultura: cinema, música, literatura etc., estendendo-se a outras áreas, pelas quais também me interesso: filosofia, política, gastronomia, cultura inútil, tecnologia, curiosidades etc. Espero que gostem do que vou escrever daqui para frente e, antecipadamente, agradeço a atenção dispensada para ler este singelo blog. Obrigado!

13/5/2005
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