Rodrigo Ghedin está digitando|

Ser social

Tirinha genial sobre a solidão.

A ideia de substituir os comentários do blog por email e redes sociais diminuiu bastante a incidência de contatos derivados daqui. Um antigo texto que publiquei no começo de 2005, porém, era campeão em fazer brotar mensagens: “Ser Antissocial”.

“Era” porque faz um tempo eu o apaguei. Pegando leve comigo mesmo, porque era ruim, piegas, com uma argumentação fraquíssima e, mais do que tudo, porque hoje discordo daquela aceitação e prazer na aversão social, daquele bem estar no estar sozinho. Não é legal. Nunca foi. Se você for uma pessoal normal, nunca será. Quero pessoas, quero estar entre elas, não o contrário. O meu eu de 18 anos devia ser bem chato e, acho, até hoje pago pela sua arrogância — ainda sou meio ruim nessa parte de socialização.

Na época em que publiquei aquele texto e por uns bons anos depois o espaço para comentários esteve aberto e, do nada, ele meio que virou um ponto de encontro de antissociais. Todos concordavam com o texto e não viam que, ao discutirem ali, proporem a criação de grupos virtuais, ao quererem se conhecer pessoalmente (acho que aconteceu uma vez), eles demonstravam na prática que o texto e seus próprios comentários estavam equivocados.

Queria poder pegar cada uma das pouco mais de 12 mil pessoas que acessaram aquela página e mostrá-las essa, de 2012, que exalta a amizade, as pessoas. Como não dá, deixo aqui meu pedido público de desculpas. Foi mal.

Agradecimentos ao Leandro Maciel e ao Cristiano Maia por terem indicado o autor da tirinha que abre o post — Lucas Gehre. Valeu!

12/7/2012
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