Taipei, Taiwan

Rua lateral do Guang Hua Digital Plaza, um dos grandes centros de eletrônicos de Taipei.

Poucos dias antes de embarcar para Taipei, capital de Taiwan, mandei um email para o Henrique pedindo informações de lá. Solícito como sempre, ele me deu dicas bem legais, mas o que mais me marcou foi isso: “Ásia é um lance muito louco, tem que fazer pelo menos uma vez na vida porque é outro mundo MESMO”. Assim, com Caps Lock.

E é verdade. É outro mundo MESMO. Um mundo muito legal.

Fui para Taipei a convite da Asus e representando o Gizmodo para cobrir a Computex, uma feira de tecnologia. A cobertura você confere lá no Giz; algumas fotos e comentários mais genérico, aí embaixo; o fino da experiência, as curiosidades mais bacanas, o punhado de fotos que tirei? Conversemos pessoalmente, basta me chamar para um café — assim é mais legal e mais saudável.

Taipei é sensacional. As coisas… bem, as coisas funcionam. No metrô, na hora do rush, a esquerda das escadas rolantes fica livre, ninguém se empurra ou fica espremido na entrada/saída dos trens, o barulho é menor do que se imagina ser possível em um local lotado de pessoas. E quando digo lotado, é disso que estou falando:

Metrô de Taipei na hora do rush.

O povo me pareceu educado e, com uma ou outra exceção (principalmente nas lojas de Guang Hua), simpático. O inglês não é muito difundido, mas com boa vontade e um pouco de mímica, consegui entendê-los e me fazer entender. Os taiwaneses são um tanto silenciosos e isso, somado ao mandarim das conversas corriqueiras do dia a dia, meio que me colocou numa bolha de quietude. Foi inesperado, quase zen. E curioso, também, estar em um lugar onde ninguém te entende e você não entende ninguém.

Taipei foi, ainda, uma profusão de novas sensações. A imagem em 4K é absurda de tão cristalina. Descobri que ouvir música com fones de ouvido decentes em completo silêncio é… bem, é ouvir música de fato. Fiz uma das refeições mais requintadas da vida. (Passei longe da culinária típica local; os ovos cozidos no chá preto encontrados nas zilhares de 7-Eleven espalhadas pela capital não são muito convidativos.) Vi a cidade a 509 metros do chão, foi de tirar o fôlego. Usufrui de tecnologias realmente úteis na prática através de uma ótima conexão 3G combinada com o Google Now. Conheci pessoas legais, (re)vi amigos na escala que fiz em São Paulo na volta e, como sempre, esse contato humano foi muito, muito especial.

Embaixo da linha do metrô.

No fim, essa semana em Taipei foi diferente de tudo que já vivi. O Henrique tinha mesmo razão: é outro mundo e todos desse lado do planeta deveriam conhecê-lo. Fica a saudade e o desejo de retornar para lá algum dia — férias no Japão, quem sabe?

O Oriente é lindo.

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